O Cavaleiro e os Moinhos
Composição: João Bosco & Aldir Blanc
Acreditar
Há existência dourada do sol
mesmo que em plena boca
nos bata o açoite contínuo da noite.
Arrebentar
a corrente que envolve o amanhã,
despertar as espadas,
varrer as esfinges das encruzilhadas.
Todo esse tempo
foi igual a dormir num navio:
sem fazer movimento,
mas tecendo o fio da água e do vento.
Eu, baderneiro,
me tornei cavaleiro,
malandramente,
pelos caminhos.
Meu companheiro
tá armado até os dentes:
já não há mais moinhos
como os de antigamente.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
HAJA FALTA DE REFLEXÃO
Os tempos estão mudando
Venham pessoal
Por onde quer que andem
e admitam que as águas
a sua volta aumentaram
E aceitem que logo
Esta´rao cobertos áté os ossos
Se seu tempo para você
Vale a pena ser salvo
Então é melhor começar a nadar
Ou irá se afundar como uma pedra
Pois os tempos eles são uma mudança
Venham escritores e críticos
Aqueles que profetizam com sua coneta
E mantenham seus olhos abertos
A chance não virá novamente
E não falem tão cedo
Pois a roda ainda está girando
E não há como dizer
quem será nomeado
Pois o perdedor de agora
Mais tarde vencerá
Pos os tempos eles são uma mudança
Venham senadores, congressistas
Por favor escutem o chamado
Não fiquem parados no vão da porta
Não congestionem o corredor
Poís aquele que se machuca
Será aquele que nos impediu
Há uma batalha lá fora
e está rugindo
E logo irá balançar suas janelas
E fazer ruir suas pareedes
Pois os tempos eles são uma mudança
Venham mães e pais
de toda a terra
E não citiquem
O que não podem entender
Seus filhos e filhas
Estão além de seu comando
Sua velha estrada
está rapidamente envelhecendo
Por favor saiam da noa
Se não pudere dar uma mãozinha
Pois os tempos eles são uma mudança
A linha foi traçada
A maldição foi lançada
E lento agora
Será o rápido mais tarde
Assim como o presente agora
Será mais tarde o passado
A ordem está
rapidamente se esvaiando
E o primeiro agora
Será o úlimo depois
Pois os tempos eles são uma mudança
by Bob Dylan
Venham pessoal
Por onde quer que andem
e admitam que as águas
a sua volta aumentaram
E aceitem que logo
Esta´rao cobertos áté os ossos
Se seu tempo para você
Vale a pena ser salvo
Então é melhor começar a nadar
Ou irá se afundar como uma pedra
Pois os tempos eles são uma mudança
Venham escritores e críticos
Aqueles que profetizam com sua coneta
E mantenham seus olhos abertos
A chance não virá novamente
E não falem tão cedo
Pois a roda ainda está girando
E não há como dizer
quem será nomeado
Pois o perdedor de agora
Mais tarde vencerá
Pos os tempos eles são uma mudança
Venham senadores, congressistas
Por favor escutem o chamado
Não fiquem parados no vão da porta
Não congestionem o corredor
Poís aquele que se machuca
Será aquele que nos impediu
Há uma batalha lá fora
e está rugindo
E logo irá balançar suas janelas
E fazer ruir suas pareedes
Pois os tempos eles são uma mudança
Venham mães e pais
de toda a terra
E não citiquem
O que não podem entender
Seus filhos e filhas
Estão além de seu comando
Sua velha estrada
está rapidamente envelhecendo
Por favor saiam da noa
Se não pudere dar uma mãozinha
Pois os tempos eles são uma mudança
A linha foi traçada
A maldição foi lançada
E lento agora
Será o rápido mais tarde
Assim como o presente agora
Será mais tarde o passado
A ordem está
rapidamente se esvaiando
E o primeiro agora
Será o úlimo depois
Pois os tempos eles são uma mudança
by Bob Dylan
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
NO ESCURO - Um conto de Batman
(extaído da HQ Batman 57)
No escuro, dedos sujos tocam os ásperos ferimentos de um joelho machucado.
No escuro, unhas desesperadas arranham e arranham até se quebrar e sangrar.
No escuro, um segredo é trancado como tesouro precioso.
Ninguém pode ouvir o ruído que ele faz.
No escuro um garoto com feridas nos joelhos se agacha em silêncio.
Silêncio...Silêncio absoluto!
No escuro coisas sujas rastejam, assobiam e atacam.
No escuro, porcos vigiamSó que não são! Jamais serão porcos.
No escuro, você pode ver para sempre.
No escuro, sangue espirra, criando arte no asfalto.
A cidade está infestada com Pollocks e Koonings.
A cidade é um museu.
Em Crown Point, há um Picasso.
No Bowery, um Matisse. Entrem!!!
A entrada é grátis. Se você está disposto a pagar o preço.
No Foxy Club, há até um Botticelli.
Cortesia das irrequietas senhoritas noturnas.
Um Botticelli ha também aqui, é claro.
Ele não assoa seu nariz.
Ele não lambe seus lábios rachados ou engole o seco de sua garganta.
Ele não chora, mesmo com seus ossos doendo e seu estômago vazio mais apertado que o punho de um boxeador.
No escuro, qualquer barulho trará monstros.
No escuro, uma porta bate forte.
No escuro, uma língua inchada lambe, lambe entre dentes estragados e deformados.
No escuro um homem cai.
No escuro, ninguém pode ouvir o ruído das pontas de dedos feridos e sangrentos.
No escuro, seu coração soa como se quisesse dominá-lo.
No escuro, um homem engasga e se sufoca com seu próprio vomito.
Seu corpo e olhos se contorcem.
Ele defeca e implora o perdão.
Entretanto ainda não está amedrontado a ponto de falar.
Ele precisa conhecer o medo verdadeiro.
O medo do escuro.
No escuro, o relógio bate mais rápido que um coração.
Mais rápido que a vida se esvaindo do corpo de um menino comferimentos nos joelhos.
No escuro, um menino com ferimentos nos joelhos, deita sua cansadacabeça no chão pela primeira vez.
No escuro, o relógio bate mais devagar que o coração.
No escuro, um homem tenta ficar em silêncio.
Total silêncio...Silêncio absoluto.
No escuro. Há medo
No escuro, há monstros.
No escuro, um segredo é liberdade.
Um endereço presenteado na inútil esperança de salvação.
Mas no escuro, não há Luz, nem piedade, nem esperança.
No escuro...Uma cidade grita.
No escuro, uma porta se estilhaça.
Degraus rangem e gemem.
Abaixo há silêncio.
O fedor poderia matar um cavalo.
No escuro, um corpo frouxo é erguido do chão.
No escuro, o ruído mais alto de todos é o silencio.
No escuro, uma mulher morre.
No escuro, um garoto dá um suspiro.
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